Primeiro dia em Santiago

Saimos de Bertamirans rumo à Santiago. Manolo tomou café conosco e nos deu essa carona. Pude observar o caminho feito a noite e confirmar o bem estar do meu querido Louro!

Parei e pirei com a vista para a Catedral Em paz, fiz uma oração sem palavras. Agora entendo porque só sáo necessárias três letras para a palavra "PAZ".

Lá fomos nós... conhecer a Universidade de Santiago, mais especificamente, a Faculdade de Xeografia - um prédio lindo, no meio do Centro Histórico.

Biblioteca da Faculdade de Xeografia









A biblioteca é incrível! Os e-books convivem com livros de séculos passados, wi-fi com off-line... tudo ali... numa transposição tempo/espaço, um zig-zag entre passado e presente, bacana!!!

Santiago é sinônimo de peregrinação - andanças, muita caminhada!! Nenhum esforço, é claro. Cada caminho nos leva para diferentes lugares na gente mesmo. Foto é pouco pra mostrar, Santiago é um lugar para se viver!

Uma das Alamedas de Santiago, perto da Catedral

Santiago de Compostela é LINDA!!!

Começamos nossas andanças pela cidade. Mutas pessoas de um lado para o outro, subimos e descemos ruas estreitas... andamos distraídas... aqui respira-se paz!!

Entre uns passos e outros fomos surpreendidas por uma apresentação com crianças - paramos, assistimos, nos deleitamos!

Santiago é assim... entre igrejas e varandas muitas manifestações! Tive a sorte de entrar em uma Igreja e ouvir o canto das Irmãs Carmelitas - uma voz de veludo... um elevo... uma sensação maravilhosa de vazio e paz!!! Mais saudade dos meus queridos, mais saudade do meu Queridão!

Passada a aula de história viva, fomos ao profano. Paramos para uns tapas.

O hotel que Rose ficou é um charme!! Tem um jardim que vai do café da manhã ao jantar. com lirios de todas as cores, uma delícia!

A companhia de Louro faz toda a diferença, junto com Manolo - dois cavalheiros!! E haja dengo!!

Conversamos, rimos, convivemos... estamos em casa, mais uma vez!!


Caiu a noite e continuávamos por lá... papeando, tapeando, atualizando as notícias. Seguimos para Bertamirans - casa de Louro, um charme!! Fico feliz em ver meu amigo tão bem!!

Rumo à Espanha

Hoje acordamos com mais calma para arrumar nossa partida para Santiago de Compostela. Depois de todos os vinhos do porto comprados chegava a hora das tentativas de fechar as malas. As bagagens parecem penitência - UFA!!!

Depois do check-out com Ana Bela, seguimos para a Praça da Galíca para tomar nosso auto carro. O busú atrasa 40'. O bilhete custou E$49,00 (ida/volta) e a viagem dura 4h30min. Com esse atraso, só llegaremos as 19h em Santiago.

A viagem é muito bacana! Passamos por Vigo - primeira cidade espanhola, Ponte Viedra - terra do pai de Beto, e outras cidades bonitinhas! Noto o hábito da varanda plantada, lindinhas!

Os motoristas não são bem humorados - isso para ser educada! Mas transcorre tudo bem.

Vamos vendo a paisagem mudar seu idioma e isso é bem bacana!!

"Ganhamos" uma hora ao entrar na Espanha. rsrs

Chegamos bem e fomos recebidas pelo carinho de Louro e Manolo. Coemçariamos a nossa versão "andarilha" assim que nos livrássemos de todas a malas!! Manolo seguiu com a bagagem em seu coche. Eu e Rose fomos andando da Rodoviária para o Centro Histórico de Santiago, guiadas por Louro e sua disposição pelegrina.

Começava a realizar parte de um dos meus grande desejos: estava na Espanha!

São João em Porto

Continuo seguindo sem as obrigações mundanas! Lá fomos nós para a festa pagã do São João.
É tradição a noite fria nesse dia e aqui não foi diferente.

Os martelinhos são uma festa nesta festa. Há quem ainda use o ramo do alho porró, mas o cheiro não é dos melhores. Como dizem as pessoas, "não se vai à guerra sem sua arma".

Em ano de copa, e para entrar no clima portenho, Rose comprou um martelinho verde e amarelo.

Tudo é muito divertido! Uma grande quermesse, as pessoas passam a noite subindo e descendo a rua da orla, dando e levando marteladas.
Crianças nos carrinhos, adultos, adolescentes em bandos, idosos... todos se divertem muito!! E nós também, é claro!!!

Parque de diversão, algodão doce, churros, pipoca (clorida?!), tiro ao alvo... há Beto aqui!!!

Tivemos a "sorte" de assistir ao lançamento de um balão - outra tradição da festa. O senso do políticamente correto fez uma visitinha aos nossos pensamentos, mas ali, a beleza daquela tradição foi maior do que o desconforto.
Observem os martelinhos na cena! Eles estão nas mãos de quase todos - crianças, adultos, idosos. E não importa se você é conhecido, ou não, leva-se "martelada" do mesmo jeito.

Passamos boas horas subindo e descendo a orla. Assitimos à queima dos fogos em uma das pontes do Rio D´Ouro, muito bacana! Fomos e voltamos andando. Ficamos bem localizadas com a nossa pousada.

Nossa última noite no Porto foi muito bacana! Fica a vontade de voltar no próximo .
Volto aqui com meu galego!

Ida à Braga

Resolvi me perder por aí... fui à Braga. Chegando lá, fomos ao Campus da Universidade de Minho - super bacana! Um ambiente totalmente estudantil! Fomos recebidas por Prometeu.

É uma imagem IMPRESSIONANTE!!!

Ali estava eu... superando minhas dilacerações e recompondo a cada dia e com a vantagem de não ter águia, ou algo que o valha, por perto.

Prometi... tentei pelo menos, não prometer nada!

Chegamos na hora do almoço, quase ninguém circulando por lá. Só as bibliotecas e as cantinhas tinham pessoas. Era a última semana de aula. Todos rumo às férias.

Minho é uma cidade extremamente universitária. Férias tem o significado de cidade vazia. Da Universidade fomos ao centro histórico.

Uma das melhores coisas de viajar é o anonimato! Que sossego!!!

No Centro Histórico, vimos a cidade toda enfeitada para o Sâo João - uma tradição também em Braga. Saltamos na Praça da República, onde temos uma boa quantidade de Chafariz.






Continuo me sentindo em casa... mesmo além mar! E a saudade me acompanha nesses passeios.









Caminhando pelas ruas, mais uma vez, um encontro com o Brasil. Mais especificamente, Olinda!



MUITO BACANA!!!!

ADOREI!!

Na Foz do D´Ouro! - Porto

Acordamos bem! Tomei meu pequeno almoço e fomos para o primeiro dia do Colóquio. Nesse dia compramos um bilhete que vale para autocarro e metro por 72h (E$11,00) - boa ideia!!

Aqui não se "pega ônibus", toma-se o auto carro. Assim, tomamos o 504 até a Casa da Música. De lá fomos de Metro até o Hospital São João - disseram que era perto da Universidade de Porto. Era um "ali de beiço" que nem imaginávamos!!! O espírito de turista não foi uma unanimidade no trio.

Perder-se em viagem, para mim, é se achar... se não conheço onde estou, qualquer lugar é lugar! Mas há controvérsias... e houve muita discordância e chateação. Cada uma por si... foi melhor do que ir pra tão longe e ficar brigando. Tive sorte e minha apresentação foi na primeira tarde.

Almoçamos na Universidade e, no final da tarde, pegamos o metro para um passeio no centro da cidade. Depois de tanto aborrecimento, descobrimos que tinha uma estação de metro bem em frente da Faculdade onde estava sendo o Colóquio. Continuo com a máxima do "se perder é achar!"

Saltamos na Estação de São Bento - linda!! De Porto para o mundo! Paramos em um café para jogar conversa fora e enterrar o dia e o mal humor. Ficamos na Esplanada - área externa, típica para turista. À medida em que o sol ia acabando, os monumentos iam sendo iluminados.

Em Portugal temos muitos dos personagens da história perpetuados em estátuas. Aqui está o Pedro I do Brasil e IV de Portugal.

Na aurora a saudade de casa só aumenta! Muita, muita saudade de Beto!!

De Lisboa para Porto

De Lisboa segui para Porto de trem - uma viagem deliciosa!! Fiz um percurso intercidades, passando por Guimarães/ Guarda/ Covilha/ Faro/ Beja/ Évora/ Aveiro... Era para saltar em Porto Campanhã, mas errei e saltei uma estação antes. Não tem problema... lá vou eu conhecer mais lugares! Como era domingo, a cidade estava bem tranquila, sem trânsito.

Cheguei as 5h da tarde no hotel e lá estava Rose com seus dengos: chá, café, biscoitos, frutas... O apartamento tem uma vista bacana: frente para a foz do Rio D´Ouro. A gente não aproveitou muito a nossa varanda e sua bela vista: não parávamos em "casa"!

A estada em Porto foi deliciosa!!! Em todo o tempo tive a sensação de estar em casa. Melhor um pouco porque não tinha a preocupação (ou medo) com a segurança que tem nos tirado o sossego em nossas cidades brasileiras.

No dia seguinte fomos para o primeiro dia do Colóquio. Todas as informações que pegamos não nos livrou de termos que andar muito, com a sensação de estarmos perdidas - coisas típicas de quem está em um lugar desconhecido.

Ao chegarmos na Universidade de Porto, descobrimos "o caminho das pedras": tinha um terminal do metrô em frente ao prédio da faculdade onde era o evento. Pelo menos a caminhada de quem não sabe para onde vai, nesse trecho, só durou um dia. Dei sorte e minha apresentação foi logo no primeiro dia. A de Rose foi no dia seguinte.

Depois da trabalho, a diversão! Fomos para o centro da cidade, passear e conhecer os belos lugares, como a estação de São Bento (1888) onde temos lindos painéis assentados em azulejos. O edifício é lindo!! Sentamos bem em frente dele para tomar nossos primeiros goles - Rose de vinho e eu de cerveja portuguesa.

Em Porto só não andamos de barco (rsrs): taxi, autocarro, metro, comboio... Da próxima vez vou fazer o passeio de barco pelo D´Ouro, entre Porto e Gaia. Aí, na Estação de São Bento, temos a convergência desses transportes terrestres.

Na Estação tem paineis lindíssimos!!! Cada painel representa uma cena da história nacional. Neles estão registrados a entrada triunfal de D. João I e o seu casamento com Dª Filipa da Lencastre no Porto (1386), a conquista de Ceuta (1415), o Torneio de Arcos de Valdevez (1140)...

Nela encontramos trens que ligam Porto ao "mundo" em percursos urbanos, suburbanos e internacionais. Foi daí que peguei o trem (suburbano) para Braga - cidade dos Arcebispos. Um trem suburbano que passa por cidades lindinhas: Guimarães, Póvoa de Varzim...

Lisboa Antiga

Depois de tomar café, organizei meu dia. Soube que da Praça da Figueira, perto de onde estava, na Praça do Roccio, saia city tour por várias partes de Lisboa. Como passaria apenas dois dias, resolvi assumi meu lado "gringa" e fui passear pela cidade.


A primeira volta foi pela cidade antiga. Lá estavam as estátuas de personagens dos livros da história oficial: muitas homenagens em monumentos! A visita é guiada, ou seja, o autocarro tem um sistema de som, com fundo musical de três fados. De tanto repetir as mesmas músicas, lá pela metade do caminho, a gente já sabe cantá-as, com sotaque e tudo!

Lisboa é uma cidade linkada: muitas cidades do Brasil "estão lá". Às vezes parecia que eu estava em uma rua em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte... muitas vezes parecia estar em Salvador mesmo.


O antigo, o medieval, o moderno e o contemporâneo não brigam... estão por lá, coexistem!

A passagem entre cada um, e não de um para o outro, nos deixa ver os "rastros" das histórias.

Essa é uma passarela para pedestres - mais um monumento muito lindo!!

Imagens do Castelo

As flores parece nascer como mato: lindas e bem cuidadas pela própria natureza.

Essas são fotos que Beto fariam bem! Mesmo assim, tentei capturá-las com meu olhar.

Extasiada retornei para a cidade: saudosa, dengosa... cheia de vontade de continuar pra voltar aqui outra vez. Nessa próxima, com meu Galego!

(n)O Castelo de São Jorge

A visita à Belém não foi fotografada - esqueci a máquina, que pena!! De qualquer forma, o pastelzinho que se come não tem foto que o retrate. É muito mais para a memória do que para o registro. Gostei mais da "atmosfera" dos lugares por onde passei, como a confeitaria onde comi o pastel, do que da própria iguaria: uma massa folhada, com um recheio de creme doce.

Meu segundo dia na "Terra Mãe" estava programada a ida ao Castelo de São Jorge. Da Praça da Figueira, tomando uma cerveja na pressão no dia anterior, avistei suas muralhas. Depois do meu café brasileiro, apanhei o autocarro para ir - voltaria no elétrico (um bondinho minúsculo e lindinho!!). Ah! a brasilidade no café foi porque encontrei pão de queijo por lá. Supresa, perguntei sobre aquela "aparição" e o garçon respondeu sorrindo: "Foi uma freguesa brasileira que nos deixou a receita". Só podia ser mesmo... e a minha tese da "cidade linkada" se mantinha...


A ida para o Castelo é rápida e tranquila. Lá temos uma vista linda da cidade. O lugar é muito bacana mesmo! Senti muita saudade do meu Galego: quanto mais bonito o lugar, maior era minha saudade... E olhe que esse era apenas o segundo dia!

O poema escrito na pedra me levou para mais perto das minhas saudades. Essa é uma viagem a ser feita em par e é o que faremos, certamente!!




A cidade vista lá de cima é linda!! Parece um brinquedo de montar (ou montado). Na constante referência à Salvador, via a semelhança da vista do Comércio. Os patrícios repetiram aqui o que tinham no além mar.

Daí o Rio Tejo vira mar! Comecei a circular toda muralha, praticamente, vista mar.

Que espírito de guerra e conquista é possível em um lugar tão bonito!




Quem ficou cercado aí dentro, certamente entendeu o sentido do "navegar é preciso..."

Do lado de cá da vida, do melhor da vida, digo e sinto outra coisa:

Viver é preciso!!!

Muito bem, cá estou eu para começar "os serviços"!

Tive muita dificuldade com a net na terra dos patrícios. Por isso, vou postar noticias/fotos aos poucos para poder contar um pouco dessa viagem. Me siga e divirta-se!

Cheguei! É cedo e a cidade ainda dorme. A vista da janela do meu quarto me faz sentir em um filme de Almadovár. Decido não dormir... vou levar direto e ver quão gentil pode ser essa "terra mãe"!

CONVITE: você me interessa!

Olá,

Sempre que se lembrar, dê uma passadinha por aqui para ter notícias de algumas andanças minhas por aí. Não esqueça, também, de deixar notícias suas.

E por aí vamos... dando passos para cá, para lá, para todos os lados! Ouça Lenine e siga viagem: http://www.youtube.com/watch?v=XAFswYdQX8A

Inté,

MarceaXU