sábado, 24 de julho de 2010

De Lisboa para Porto

De Lisboa segui para Porto de trem - uma viagem deliciosa!! Fiz um percurso intercidades, passando por Guimarães/ Guarda/ Covilha/ Faro/ Beja/ Évora/ Aveiro... Era para saltar em Porto Campanhã, mas errei e saltei uma estação antes. Não tem problema... lá vou eu conhecer mais lugares! Como era domingo, a cidade estava bem tranquila, sem trânsito.


Cheguei as 5h da tarde no hotel e lá estava Rose com seus dengos: chá, café, biscoitos, frutas... O apartamento tem uma vista bacana: frente para a foz do Rio D´Ouro. A gente não aproveitou muito a nossa varanda e sua bela vista: não parávamos em "casa"!


A estada em Porto foi deliciosa!!! Em todo o tempo tive a sensação de estar em casa. Melhor um pouco porque não tinha a preocupação (ou medo) com a segurança que tem nos tirado o sossego em nossas cidades brasileiras.



No dia seguinte fomos para o primeiro dia do Colóquio. Todas as informações que pegamos não nos livrou de termos que andar muito, com a sensação de estarmos perdidas - coisas típicas de quem está em um lugar desconhecido.

Ao chegarmos na Universidade de Porto, descobrimos "o caminho das pedras": tinha um terminal do metrô em frente ao prédio da faculdade onde era o evento. Pelo menos a caminhada de quem não sabe para onde vai, nesse trecho, só durou um dia. Dei sorte e minha apresentação foi logo no primeiro dia. A de Rose foi no dia seguinte.


Depois da trabalho, a diversão! Fomos para o centro da cidade, passear e conhecer os belos lugares, como a estação de São Bento (1888) onde temos lindos painéis assentados em azulejos. O edifício é lindo!! Sentamos bem em frente dele para tomar nossos primeiros goles - Rose de vinho e eu de cerveja portuguesa.

Em Porto só não andamos de barco (rsrs): taxi, autocarro, metro, comboio... Da próxima vez vou fazer o passeio de barco pelo D´Ouro, entre Porto e Gaia. Aí, na Estação de São Bento, temos a convergência desses transportes terrestres.



Na Estação tem paineis lindíssimos!!! Cada painel representa uma cena da história nacional. Neles estão registrados a entrada triunfal de D. João I e o seu casamento com Dª Filipa da Lencastre no Porto (1386), a conquista de Ceuta (1415), o Torneio de Arcos de Valdevez (1140)...

Nela encontramos trens que ligam Porto ao "mundo" em percursos urbanos, suburbanos e internacionais. Foi daí que peguei o trem (suburbano) para Braga - cidade dos Arcebispos. Um trem suburbano que passa por cidades lindinhas: Guimarães, Póvoa de Varzim...

domingo, 4 de julho de 2010

Lisboa Antiga

Depois de tomar café, organizei meu dia. Soube que da Praça da Figueira, perto de onde estava, na Praça do Roccio, saia city tour por várias partes de Lisboa. Como passaria apenas dois dias, resolvi assumi meu lado "gringa" e fui passear pela cidade.


A primeira volta foi pela cidade antiga. Lá estavam as estátuas de personagens dos livros da história oficial: muitas homenagens em monumentos! A visita é guiada, ou seja, o autocarro tem um sistema de som, com fundo musical de três fados. De tanto repetir as mesmas músicas, lá pela metade do caminho, a gente já sabe cantá-as, com sotaque e tudo!

Lisboa é uma cidade linkada: muitas cidades do Brasil "estão lá". Às vezes parecia que eu estava em uma rua em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte... muitas vezes parecia estar em Salvador mesmo.


O antigo, o medieval, o moderno e o contemporâneo não brigam... estão por lá, coexistem!


A passagem entre cada um, e não de um para o outro, nos deixa ver os "rastros" das histórias.

Essa é uma passarela para pedestres - mais um monumento muito lindo!!

Imagens do Castelo

As flores parece nascer como mato: lindas e bem cuidadas pela própria natureza.



Essas são fotos que Beto fariam bem! Mesmo assim, tentei capturá-las com meu olhar.















Extasiada retornei para a cidade: saudosa, dengosa... cheia de vontade de continuar pra voltar aqui outra vez. Nessa próxima, com meu Galego!

(n)O Castelo de São Jorge

A visita à Belém não foi fotografada - esqueci a máquina, que pena!! De qualquer forma, o pastelzinho que se come não tem foto que o retrate. É muito mais para a memória do que para o registro. Gostei mais da "atmosfera" dos lugares por onde passei, como a confeitaria onde comi o pastel, do que da própria iguaria: uma massa folhada, com um recheio de creme doce.

Meu segundo dia na "Terra Mãe" estava programada a ida ao Castelo de São Jorge. Da Praça da Figueira, tomando uma cerveja na pressão no dia anterior, avistei suas muralhas. Depois do meu café brasileiro, apanhei o autocarro para ir - voltaria no elétrico (um bondinho minúsculo e lindinho!!). Ah! a brasilidade no café foi porque encontrei pão de queijo por lá. Supresa, perguntei sobre aquela "aparição" e o garçon respondeu sorrindo: "Foi uma freguesa brasileira que nos deixou a receita". Só podia ser mesmo... e a minha tese da "cidade linkada" se mantinha...


A ida para o Castelo é rápida e tranquila. Lá temos uma vista linda da cidade. O lugar é muito bacana mesmo! Senti muita saudade do meu Galego: quanto mais bonito o lugar, maior era minha saudade... E olhe que esse era apenas o segundo dia!

O poema escrito na pedra me levou para mais perto das minhas saudades. Essa é uma viagem a ser feita em par e é o que faremos, certamente!!




A cidade vista lá de cima é linda!! Parece um brinquedo de montar (ou montado). Na constante referência à Salvador, via a semelhança da vista do Comércio. Os patrícios repetiram aqui o que tinham no além mar.

Daí o Rio Tejo vira mar! Comecei a circular toda muralha, praticamente, vista mar.

Que espírito de guerra e conquista é possível em um lugar tão bonito!




Quem ficou cercado aí dentro, certamente entendeu o sentido do "navegar é preciso..."


Do lado de cá da vida, do melhor da vida, digo e sinto outra coisa:
Viver é preciso!!!


sábado, 3 de julho de 2010

Muito bem, cá estou eu para começar "os serviços"!

Tive muita dificuldade com a net na terra dos patrícios. Por isso, vou postar noticias/fotos aos poucos para poder contar um pouco dessa viagem. Me siga e divirta-se!

Cheguei! É cedo e a cidade ainda dorme. A vista da janela do meu quarto me faz sentir em um filme de Almadovár. Decido não dormir... vou levar direto e ver quão gentil pode ser essa "terra mãe"!